quinta-feira, 25 de setembro de 2025

010/2025: Disciplina, Crise e o Erro dos R$50K: Porque o tempo passará de qualquer jeito!

Salve, meus amigos da Finansfera!

A publicação de hoje não será apenas uma postagem sobre finanças, mas um pequeno relato sobre a importância da disciplina, da paciência e, principalmente, de como o medo pode ser o fator mais caro de qualquer estratégia. Como estamos sem aportes, esse blog viverá de reflexões por algum tempo. Espero que a publicação de hoje ajude você, meu amigo leitor que busca a IF, a não cometer o mesmo erro que esse Contador que vos escreve. Vou revisitar uma época da minha vida de muito sacrifício, quando atingi um marco importante, e o erro que me fez perder a maior vantagem do investimento: o tempo.

A Jornada da Disciplina e o Primeiro Marco

A história da construção de qualquer patrimônio é feita de escolhas difíceis. Naquele tempo, meu salário girava em torno de R$3.000,00 e eu já carregava o peso das obrigações com casa, filho e contas. No entanto, eu tinha um objetivo claro, e com ele, veio uma disciplina implacável.

A regra era o sacrifício total. Lembro de raspar o cabelo em casa para economizar o dinheiro do barbeiro — um detalhe pequeno, mas que mostra o nível de determinação para otimizar cada centavo. Esse foco no objetivo valeu a pena: meu patrimônio alcançou a marca de R$50.000,00. Para a minha realidade da época, era um valor considerável, uma prova de que a estratégia estava funcionando.

O Fator Incontrolável: A Vida tem Outros Planos

É nesse ponto que a gente lembra da realidade brutal do investimento e da própria vida: por mais perfeito que seja o plano, por mais foco e disciplina que se tenha, nós não temos controle de tudo. A vida, e o mercado, têm seu próprio trajeto.

Essa ilusão de controle é o que nos faz sofrer quando a rota muda. O caminho para a riqueza não é uma linha reta; ele exige que sejamos mestres na adaptação. Você pode controlar seus aportes, suas escolhas e seu nível de sacrifício, mas jamais conseguirá controlar o noticiário, os presidentes ou as crises globais. E foi exatamente quando eu me senti mais seguro no meu planejamento que o universo decidiu me dar uma lição sobre humildade e o caos.

O "Joesley Day" e o Teste da Resiliência

Na busca por acelerar o processo, minha carteira estava 100% focada em ações. Eu estava no jogo de risco e, como a vida gosta de testar nossos planos, a crise veio.

Em 17 de maio de 2017, o famoso "Joesley Day", a delação que paralisou o país fez com que meu patrimônio despencasse. Vi o capital que custou tanto esforço e privação corroer da noite para o dia. Aquele susto brutal testou minha resiliência ao limite, e o medo de perder tudo acabou ditando a minha próxima decisão. O mercado se recuperou e, com o susto, realoquei todo o capital para a compra de um apartamento (essa história merece uma publicação a parte).

A Lição Mais Cara: O Plano Acima do Medo

O grande erro, o arrependimento que carrego, não foi a queda em si, mas sim ter deixado o medo quebrar o meu plano.

A verdade é que eu me assustei e abri mão da paciência. Se eu não tivesse me assustado com o efeito da delação na economia e tivesse simplesmente acreditado no meu plano, mantendo a disciplina dos aportes e a determinação inicial, muito provavelmente hoje eu já estaria com um patrimônio considerável, bem próximo do que eu havia traçado como objetivo.

A lição que fica é poderosa: o tempo vai passar — de um jeito ou de outro. Toda vez que nos assustamos e precisamos recomeçar o plano (como é o meu caso novamente), a corrida recomeça, e voltamos ao ponto de largada.

O Peso do Tempo: Uma Reflexão de Quase Dez Anos

De lá para cá, são quase 10 anos. Meu blog entrou num hiato, mas o de muitos amigos da Finansfera persistiu. Vimos blogs fecharem, mas muitos outros se mantiveram firmes, e alguns deles, inclusive, já celebraram a tão sonhada Independência Financeira (IF).

A pergunta que deixo para você, meu amigo leitor, é a mais cruel de todas: o que aconteceu na sua vida nestes últimos 10 anos? As crises vieram e se foram, o mercado subiu e desceu, mas o tempo seguiu. Aonde o seu plano teria te levado se você tivesse simplesmente continuado? É uma reflexão dolorosa, mas necessária para seguirmos fortes.

Não podemos mudar o que já passou, apenas aprender com os erros e seguirmos fortes. Com leveza e positividade, aceitamos que a jornada é feita de recomeços. O importante é não desistir da corrida.

Vamos em frente!


 

 

 



quarta-feira, 24 de setembro de 2025

009/2025 - A Tirania do Algoritmo e a Pergunta Cruel: Quem Tem Tempo Para o Que Importa?

Salve, leitores!

Hoje a reflexão é um pouco mais pessoal e, talvez, até um soco no estômago (o meu, principalmente). A pergunta que não quer calar e que vive rondando a minha cabeça é: Quem, de fato, tem tempo para acompanhar um blog? Ou, mais ainda, quem tem tempo para se dedicar a escrever um?

Essa não é a primeira vez que tento manter a assiduidade com o Contador Poupador. Como mencionei no último post, esta é a nossa versão 2.0. No passado, a falta de tempo – ou, para ser mais honesto, a má gestão da prioridade – me fez abandonar o projeto por um longo hiato. A vida, com seu ritmo frenético de trabalho, contas e obrigações, simplesmente engoliu a intenção.

E essa é a armadilha que vivemos hoje. Olho para os blogs que sigo, as leituras que amo, os pequenos prazeres que de fato me trazem conteúdo, e percebo: eu mal consigo acompanhá-los. Adoro ler os fechamentos de carteira de vocês, as reflexões sobre liberdade, mas frequentemente tenho que devorar o conteúdo em pequenas doses roubadas do meu cotidiano.

O Ritmo que Não Escolhemos

Por que vivemos nessa velocidade esmagadora? A gente se afunda em um ciclo: trabalha-se muito para pagar contas, e o pouco tempo livre que sobra é vendido para os algoritmos. Passamos horas rolando feeds, consumindo vídeos curtos e manchetes que nos mantêm em um estado constante de alerta e agitação, mas que, no fim, nos deixam vazios e sem conteúdo. É uma vida cheia de estímulos, mas pobre em significado.

Estamos sendo manipulados para valorizar a freneticidade em vez da profundidade. O algoritmo adora a sua falta de tempo; ele lucra com a sua agitação. Ele te convence que o tempo gasto lendo um texto longo, ou refletindo sobre o que de fato importa (como uma jornada de poupança ou uma simples leitura), é tempo perdido.

A Escolha Contra o Vazio

Se a vida é finita, o tempo é o nosso recurso mais valioso. E se estamos gastando esse tempo perseguindo um ritmo que não escolhemos, estamos nos afastando do que realmente importa: a saúde, as relações e, sim, o prazer de fazer algo que gostamos.

Para mim, escrever aqui é uma forma de rebeldia contra essa agitação. É forçar a pausa, organizar as ideias e priorizar uma atividade que me dá conteúdo em um mundo de puro scroll. É uma forma de dizer: o que importa é o que eu escolho consumir, e não o que me é empurrado.

Um abraço e que a gente consiga diminuir o ritmo,

CP!



 

008/2025 - Origem dos Centavos: A Inspiração que Virou a Versão 2.0 do Contador Poupador

Salve, meus leitores! Tudo bem com vocês?

Hoje vamos de #TBT (na quarta-feira) em um post que é puramente filosófico e de gratidão.

Como vocês sabem (ou talvez não saibam, já que a memória do Google é seletiva, rs), o Contador Poupador que vocês leem hoje é, na verdade, uma versão 2.0. Nosso projeto teve uma primeira vida anos atrás, depois entrou em um daqueles hiatos longos em que a vida real simplesmente engole a gente, e agora retornou com mais foco, mais propósito e, espero, com mais constância.

Mas todo projeto tem um ponto de ignição. E o meu foi o blog Mestre dos Centavos.

Eu conheci o Mestre na época em que eu recém havia me formado em Contabilidade. Eu não estava no vermelho, estava começando a "ajeitar" a vida, cheio de teorias na cabeça e com o diploma na mão. A arrogância que só a juventude nos dá me fez pensar: "Eu tenho muito a ensinar ao mundo, vou escrever um blog".

O Mestre falava a língua real do "pobretão" que quer virar o jogo, sem firulas. Ele me mostrou que era possível falar de dinheiro de uma forma que não fosse chata e, mais importante, me deu o empurrão inicial para começar a registrar a minha própria caminhada. Ele falava de temas complexos de finanças, mas com a leveza de quem está tomando uma cerveja com os amigos. O tom dele era irreverente, mas a mensagem era clara: uma mente organizada pode fazer centavos virarem milhões.

Apesar do Contador Poupador 1.0 ter entrado em hibernação — porque a vida, com seus perrengues e imprevistos, sempre nos coloca no lugar (e me ensinou a ter menos teoria e mais prática) — a semente plantada pela inspiração do Mestre nunca morreu. Se não fosse por essa inspiração no passado, provavelmente eu não teria voltado com a versão 2.0 do Contador Poupador agora, mesmo depois de todos os perrengues (e vocês sabem que tivemos alguns bons sustos!).

O Mestre dos Centavos se tornou o ponto de partida do meu projeto. É um lembrete constante de que a jornada é nossa, mas a inspiração pode vir de onde menos esperamos.

Um salve e um abraço forte ao Mestre, onde quer que ele esteja!

CP. 

Julius 

007/2025 - O Trabalho de Aceitar: Quando a Vida Pede Calma e a Planilha Espera

Um Salve aos meus poucos, mas valorosos, leitores!

Estou de volta mais uma vez, e desta vez o papo não é sobre a "Arte da Guerra" ou a ascensão heroica da nossa Carteira da Redenção. O assunto é mais sobre o trabalho de aceitar que, por mais que a gente planeje, nem tudo está sob nosso controle.

Nós, que estamos na jornada da poupança e da liberdade financeira, somos viciados em controle. Queremos a planilha perfeita, a rentabilidade garantida, o aporte constante, o futuro desenhado a lápis e caneta. Mas aí a vida, essa mestra do improviso, chega e diz: "Calma lá, meu filho. O roteiro é meu."

É exatamente o que está acontecendo por aqui. Para o mês de Outubro, tínhamos um plano. Tínhamos metas. Mas, mais uma vez, a vida resolveu nos colocar à prova através da saúde. Como vocês sabem, nosso fiel companheiro de quatro patas, está enfrentando uma doença grave e exigindo cuidados e custos que não dão para adiar ou ignorar.

A Despesa que Vira Prioridade (e a Lição que Fica) 

Não teremos aportes em Outubro. E quer saber? Está tudo bem.

Sei que essa é a notícia difícil para a planilha, mas é a decisão correta para a vida. Nesses momentos, a gente percebe o que é prioridade de verdade. De que adianta ter um futuro financeiro brilhante se o presente está em pedaços?

O grande trabalho de aceitar é entender que os imprevistos vão acontecer. Eles não pedem licença, não olham a nossa DRE pessoal e não esperam a melhor época do mês. E é aí que entra o valor, não só do dinheiro que a gente guarda, mas da filosofia que a gente constrói.

A cada novo desafio com a saúde, por mais doloroso que seja, eu me lembro: se não fosse pela reserva que começamos a construir (e que mal saiu do chão!), essa situação seria infinitamente pior. Estaríamos endividados e desesperados, somando a dor emocional à dor financeira.

O Copo Meio Cheio da Incerteza e a Mudança de Rota

A falta de controle é assustadora, mas ela também nos ensina a ter resiliência. Aprendemos a respirar, a reorganizar o plano e a priorizar a nossa vida sobre o nosso patrimônio, sabendo que o patrimônio serve exatamente para blindar a nossa vida nos momentos difíceis.

Por motivos óbvios, e para garantir que o foco seja 100% na recuperação do nosso pequeno amigo, é muito provável que não haverá novos aportes nos próximos meses.

Portanto, as próximas publicações terão um cunho mais filosófico e reflexivo do que de "balanço financeiro" propriamente dito. O blog continuará firme, mas o foco será nas reflexões sobre vida, trabalho e frugalidade, enquanto a poupança faz o seu trabalho silencioso de proteção.

Então, por aqui, o mês de Outubro e os próximos serão de foco total na saúde. A planilha vai esperar, mas a nossa cabeça fica tranquila porque já não estamos mais partindo do zero. A disciplina de hoje nos dá o fôlego para lidar com a falta de controle de amanhã.

Um abraço (e energia positiva para quem está passando por seus próprios imprevistos!),

CP!

 


segunda-feira, 1 de setembro de 2025

006/2025 - O copo meio cheio: O Inverno Chegou e a Reserva Salvou

Olá, caros poupadores e acompanhantes desta jornada!

É, eu sei. Eu sumi! Foram longos 91 dias, um trimestre de silêncio por aqui, e eu peço mil desculpas pela ausência. A vida, essa velha caixinha de surpresas, me deu um bom sacode e acabou me puxando para o "mundo real" por um tempo. Mas, como sempre, a volta é com novidades – e algumas reflexões que só o tempo e uns bons perrengues nos trazem! Onde eu estava? Nas trincheiras da poupança e da vida real!
A boa notícia é que, nesses 91 dias de hiato, a "Carteira da Redenção" não ficou parada. Pelo contrário! Com um misto de disciplina, algumas apertadas aqui e ali, e a persistência de um maratonista que só vê a linha de chegada, conseguimos amealhar, vejam só, quase R$ 9.000,00! Sim, meus amigos, aquele primeiro "milão" que comemoramos lá atrás agora têm alguns irmãos e primos, engordando nossa reserva. Isso, por si só, já seria motivo de festa e fogos de artifício, certo?

Mas a vida… ah, a vida tem um senso de humor peculiar!
Como bem sabemos, nem tudo são flores no jardim da vida (ou na planilha do orçamento). Durante esse período de reclusão e foco financeiro, o destino resolveu testar nossa resiliência. Meu fiel companheiro de quatro patas, nos deu um susto daqueles com uma doença grave. Dias e noites de preocupação, visitas ao veterinário e, claro, um bom punhado de notas que voaram mais rápido. Seu estado ainda é grave, e por óbvio, as despesas não vão cessar por aqui tão cedo.
E, para completar o combo de "emoções fortes", o inverno deste ano resolveu mostrar toda a sua ferocidade por aqui. Frio que entra pelos ossos e que, infelizmente, pegou de jeito a minha pequena filha. Noites mal dormidas, aquela aflição de pai e mais idas e vindas à farmácia e ao pediatra.

O Lado B, ou melhor, o Lado "Bônus" da Reserva de Emergência!


Sem um mínimo de planejamento financeiro, esses episódios seriam sinônimos de desespero e, invariavelmente, de mais dívidas. Seria ligar para o gerente do banco, pedir empréstimo, ou se virar com o cartão de crédito a juros que fariam um agiota corar. Seria mais um prego no caixão da nossa já combalida saúde financeira.
Mas, e aqui vem a grande "pílula de esperança" por trás do sumiço: por causa daqueles R$ 9.000,00 que a gente estava guardando com tanto carinho, conseguimos passar por tudo isso sem recorrer a um único centavo de empréstimo/crédito!
Foi a nossa reserva, ainda em formação, que aguentou o tranco. Foi ela que nos deu a tranquilidade (dentro do possível, claro!) para focar na saúde do doguinho e da pequena, sem ter que somar à preocupação principal o fantasma das contas impagáveis.

A lição da ausência:

A vida acontece, e ela não espera a gente estar com a planilha em dia ou com o blog atualizado. Ela joga a bola e a gente tem que chutar. E o que se pode inferir nesses 91 dias é que a verdadeira "Arte da Guerra" financeira não é só acumular, é se preparar para a batalha. É ter um escudo, uma armadura, mesmo que ainda meio enferrujada ou em construção.
Então, sim, o hiato foi real, as preocupações foram grandes, mas o copo está "meio cheio" de gratidão. Gratidão por ter iniciado essa jornada, e por hoje poder dizer que, apesar dos sustos, seguimos de pé, sem novas dívidas, e com a certeza de que cada real poupado é um tijolo a mais na construção da nossa tranquilidade.

Até o próximo post (e espero que não demore outros 91 dias)

Um abraço, CP!


 

segunda-feira, 9 de junho de 2025

005/2025 - A Primeira Pílula de Esperança: Nascem os Primeiros Mil Reais da Minha "Carteira da Redenção"

Olá, meus queridos companheiros de perrengues e futuros milionários!

Depois de toda a choradeira (bem humorada, claro!) sobre a falta da minha reserva de emergência e de como cheguei a essa situação inusitada, é hora de virar a página. E não estou falando de virar a página do boleto vencido, mas sim a da minha jornada rumo à redenção financeira!

A "Arte da Guerra" contra as dívidas está em pleno vapor, e como prometido, vou dividir cada passo dessa aventura com vocês. E hoje, meus amigos, tenho uma notícia que me enche de um misto de alívio e otimismo.

O Primeiro "Milão" (Por enquanto)

Fechadas as contas do mês, feitos os malabarismos financeiros (e as escolhas estratégicas da "Arte da Guerra", vocês já sabem), finalmente consegui o que parecia um milagre: sobrou dinheiro! Não, não é um erro de digitação. Sobrou MESMO. 

E o mais importante: esse dinheiro não vai para a farra, para um "mimo" ou para a compra de algo desnecessário. Esses gloriosos R$ 1.000,00 (leia-se: um mil reais, com direito a tambores e fogos de artifício na minha cabeça) serão o ponto de partida da minha "Carteira da Redenção". 

É bom deixar claro que, na minha "Arte da Guerra", eu não abandonei todas as trincheiras! Algumas dívidas eu ainda estou pagando em dia. Isso faz parte da estratégia para não ter que renegociar TUDO e, claro, para não ficar tão mal em todas as instituições financeiras com as quais tenho relacionamento. Afinal, a guerra é contra o endividamento excessivo, não contra a minha reputação bancária por completo! 

Pode parecer pouco, eu sei. Principalmente se a gente for comparar com tantos blogs de finanças por aí que exibem fortunas em investimentos. Mas a verdade é que a comparação é o ladrão da alegria (e do progresso financeiro)! Cada um tem a sua jornada, o seu ponto de partida e o seu ritmo. Para mim, sair do zero (ou melhor, do negativo!) e juntar os primeiros R$ 1.000,00 é uma vitória enorme, um marco que me mostra que estou no caminho certo. E isso é o que importa! 

A Carteira da Redenção: Meu Cofre Anti-Caloteiro (e Pró-Desconto!) 

Essa carteira não é uma carteira física, é claro. É uma conta separada, onde vou guardar cada centavo que sobrar para, no futuro, ter poder de negociação. Lembram da ideia de acumular para quitar as dívidas à vista com um baita desconto? É pra isso que esses primeiros mil reais estão indo! 

Sei que R$ 1.000,00 parece pouco diante do tamanho do meu desafio, mas para quem estava nadando no vermelho, isso é como encontrar um oásis no deserto. É a prova de que, com foco e disciplina (e um plano nada ortodoxo), é possível virar o jogo. 

O Compromisso do Contador Poupador (e o Espeto de Pau Virando Aço!)

Como eu disse, a fase do "casa de ferreiro, espeto de pau" está em transição. Meu compromisso é com vocês e, principalmente, comigo mesmo. Quero mostrar que é possível sair dessa situação e construir um futuro financeiro mais sólido.

Cada real que eu conseguir direcionar para essa "Carteira da Redenção" será um motivo de celebração e um passo a mais em direção à minha independência financeira. E vocês serão as testemunhas (e, espero, os incentivadores) dessa jornada!

Então, fiquem ligados nos próximos posts. Vamos ver quanto tempo levo para transformar esses R$ 1.000,00 iniciais em um montante que me permita chutar o balde das dívidas de uma vez por todas!

Um abraço (com um sorriso de quem conseguiu poupar!),

CP!


 

 

terça-feira, 3 de junho de 2025

004/2025 - A Crônica de um Desastre Anunciado (e a Falta da minha "Boia Salva-Vidas" Financeira)

 Olá, Contadores e Poupadores!

Depois de abrir meu coração (e a minha conta bancária quase vazia) no último post, acho que chegou a hora de falar de um assunto crucial, tipo a base de toda a pirâmide financeira que eu, ironicamente, deixei desmoronar: a reserva de emergência.

E quem melhor para falar sobre a importância de ter uma do que alguém que, bem… não tem uma decente no momento? Sim, amigos, cá estou eu, o contador que entende tudo de números, mas que na hora de aplicar a teoria na própria vida, deu um show de… falta de planejamento emergencial. (casa de ferreiro, espeto de pau).

O Que Diabos é Essa Tal de Reserva de Emergência e Por Que Você PRECISA Dela (Sério Mesmo!) 

Para quem está chegando agora ou para quem, assim como eu, negligenciou essa maravilha, a reserva de emergência nada mais é do que uma quantia de dinheiro guardada em um lugar seguro e de fácil acesso, destinada EXCLUSIVAMENTE para cobrir gastos inesperados. Sabe aqueles perrengues que a vida adora jogar na nossa cara? Demissão, problema de saúde, carro que quebra, um reparo urgente na casa… É para ISSO que ela serve!

A recomendação geral é ter o equivalente a 3 a 6 meses das suas despesas mensais guardados. Parece muita coisa? Talvez. Mas acredite, quando a emergência bate à porta (e ela SEMPRE bate), ter essa grana ali faz toda a diferença entre manter a calma e entrar em parafuso financeiro. 

O Mau Exemplo Que Serve de Lição 

No meu caso, a falta dessa reserva me colocou numa situação bem delicada. A redução da renda e o fim do empreendimento, somados, criaram um buraco no meu orçamento. E adivinha quem não tinha uma rede de segurança para amortecer essa queda? Exatamente, o seu amigo Contador Poupador aqui.

Resultado: precisei recorrer a outras "estratégias", que nem sempre são as mais recomendadas e que geram um estresse danado. Se eu tivesse a grana da reserva, poderia ter tido mais tempo para me reestruturar, procurar um novo emprego sem o desespero das contas vencendo, ou até mesmo investido em algo novo com mais tranquilidade.

A real é que eu dei mole. Muuuuito mole. E essa é a minha MEA CULPA oficial para todos vocês. Eu, que deveria estar dando o bom exemplo, acabei virando o case de "o que NÃO fazer com suas finanças".

Casa de Ferreiro, Espeto de Pau: A Promessa

Mas calma, essa história não vai terminar com o Contador Poupador vivendo de miojo (embora a tentação seja grande às vezes!). Essa situação toda me serviu de um baita choque de realidade. E a verdade é que EU TAMBÉM VOU ENTRAR NESSA.

A partir de hoje, a construção da minha reserva de emergência vai virar PRIORIDADE número UM por aqui. Vou mostrar para vocês, em tempo real, como estou me organizando, cortando gastos (onde ainda der, né?), e destinando uma parte da minha renda para essa boia salva-vidas financeira.

Se eu, com toda a minha "sabedoria contábil", caí nessa armadilha por negligência, imagino quantos outros também podem estar nessa situação. Por isso, quero usar a minha própria experiência (o lado ruim dela, pelo menos por enquanto) para te motivar a não cometer o mesmo erro.

COMECE HOJE! Não importa se é com R$ 20, R$ 50 ou R$ 100. O importante é dar o primeiro passo e ter a consistência de guardar um pouquinho todo mês. O seu futuro "eu" endividado vai te agradecer!

E eu? Prometo que, assim como vocês, vou suar a camisa para construir a minha reserva e, quem sabe, um dia poder dar um depoimento de "sobrevivente financeiro" com orgulho!

Um abraço (com a esperança de um futuro financeiro mais tranquilo!),

CP!

 


003/2025 - Do Paraíso Fiscal ao Salário Mínimo "Turbinado": A Saga de um Contador em Queda Livre

 Olá, Contadores e Poupadores!

Depois da nossa "Arte da Guerra" contra o vermelho, achei que era justo abrir o jogo e contar como é que o Contador Poupador (sim, eu mesmo!) foi parar nessa gloriosa situação de "gastando mais do que ganha". Afinal, ninguém nasce com boleto atrasado e a genial ideia de ignorar alguns deles temporariamente.

Se você imaginou um guru das finanças que sempre nadou em dinheiro, prepare a pipoca para uma reviravolta digna de novela das nove, só que com menos glamour e mais planilhas no Excel.

Era uma vez, num reino chamado Prosperidade... 

Há alguns anos (nem tanto assim pra não me sentir tão velho), a vida financeira desse contador que vos escreve era, digamos, animada. Eu tinha meu emprego formal, que me rendia uns R$10k (bons tempos!), e pra botar mais emoção (e dinheiro) na parada, tocava um empreendimento que me trazia entre R$ 10k/15k líquidos por mês. Era tanta grana entrando que eu mal conseguia acompanhar.

Nessa época, confesso, a palavra "poupar" até existia no meu vocabulário, mas era mais um "quem sabe um dia?" do que uma ação contínua. Afinal, com essa dinheirama toda, parecia que a fonte nunca ia secar (Erro nº1). 

A Miragem do Serviço Público e o Fim de um Ciclo de Sucesso.

Eis que surge a oportunidade da vida (ou seria uma pegadinha do destino?): passei num concurso público. O detalhe é que ele era em outra cidade, me deixando uma centena de quilômetros longe da família. A estabilidade, o "nunca mais se preocupar com o fim do mês"... parecia um conto de fadas moderno. O salário? Um pouco menor, na casa dos R$ 7k. Mas, ei, era pra vida toda, certo? (Erro nº2).

Nesse meio tempo, meu querido empreendimento, que me dava tanto orgulho (e dinheiro), chegou ao fim. Não foi por falta de lucro, pelo contrário! O negócio estava indo bem, mas o dono do ponto pediu o prédio de volta, e encontrar outro lugar tão bom e com um preço acessível se mostrou uma missão impossível. Foi como ver aquele castelo de areia que você levou horas pra construir ser levado pela primeira onda. Baque total.

O Desencanto Funcional e o Retorno ao "Mundo Real" (com um baque na carteira)

A vida de servidor público, apesar da estabilidade, não era pra mim. A rotina, a burocracia… e principalmente a distância da família que pesava dia após dia. Sei lá, senti que minhas ambições e minha energia estavam meio que "em stand-by". Depois de um tempo pensando (e repensando, e perdendo o sono), tomei outra decisão "brilhante" (só que ao contrário): pedi exoneração.

A ideia era voltar para o setor privado com a bagagem da experiência e buscar novas oportunidades. A realidade? Me deu um baita chute na bunda financeira. Consegui uma colocação perto de casa, sim, mas com um salário de… R$ 5.000,00. Isso mesmo, uma queda livre de paraquedas furado! 

Foi aí, meus amigos, que a matemática básica ficou cruel. As despesas, que tinham se acostumado a um patamar mais elevado (afinal, o bom da vida vicia!), olharam para a nova receita e disseram: "Oi? Acho que você esqueceu de uns zeros aqui". E foi assim que o saldo negativo virou meu novo melhor amigo.

Mas nem tudo está perdido (eu acho!) 

A boa notícia (ou a tentativa de ver o lado bom da coisa) é que, nessa época de "vacas gordas" (lembram delas?), eu consegui construir algum patrimônio. Nada de ilhas particulares ou jatinhos (ainda!), mas o suficiente para me dar um respiro e me permitir essa "Arte da Guerra" contra as dívidas, com a esperança de renegociar tudo e recomeçar a construir um futuro financeiro mais… digamos… folgado.

Então é isso, essa é a saga do Contador Poupador, de quase magnata a um salário que, convenhamos, exige um malabarismo financeiro. Mas a lição que fica é: a vida financeira dá umas cambalhotas que nem a gente espera. E é por isso que estou aqui, compartilhando essa jornada real, com todos os perrengues e as (futuras, eu espero!) vitórias.

Um abraço (apertado, igual ao meu orçamento),

CP!

 


 

 

segunda-feira, 2 de junho de 2025

002/2025 - A Arte da Guerra: Como decidi parar de pagar algumas contas para sair do vermelho (e por que isso não é conselho de contador!)

 Olá, pessoal! Tudo bem com vocês?

Lembra que no meu primeiro post eu comentei que meu "balanço pessoal" estava mais para um balanço de perdas e danos? Pois é, a situação estava um pouco mais dramática do que eu quis admitir logo na primeira publicação. Troca de emprego, algumas decisões financeiras que, digamos, não foram as mais brilhantes (e que vou detalhar em um futuro "Diário da Vergonha Financeira"), me levaram a um cenário onde, no fim do mês, as despesas não apenas superavam as receitas, mas as engoliram feito areia movediça.
Chegou um ponto em que a famosa "corrida dos ratos" virou uma corrida contra o relógio, e eu estava perdendo de lavada. Eu olhava para os boletos, para as faturas de cartão, para os empréstimos... e percebi que, pagando o mínimo ou tentando manter tudo em dia, eu estava apenas postergando o inevitável ou, pior, jogando dinheiro fora em juros que não acabavam mais.

A DRE Negativa me fez pensar "fora da caixa" (ou do balanço) Foi nesse momento de desespero que a "lâmpada" (ou seria um neon piscando "SOS"?) acendeu. Pensei: se o objetivo é sair do vermelho e ter lucro real, preciso de uma estratégia de guerra. E a minha, meus caros, é daquelas que fariam qualquer professor de contabilidade ter um piripaque: decidi parar de pagar algumas dívidas... temporariamente.

Sim, você leu certo. Eu, o Contador Poupador (que ainda está no aperto, lembra?), estou flertando com a temida inadimplência. Mas calma, não é porque virei um caloteiro irresponsável que não liga para o Serasa. Muito pelo contrário! Minha lógica é a seguinte:

  1. Estancar a sangria: Os juros e multas de algumas dívidas estão me sufocando. Ao direcionar o pouco que entra para o básico de sobrevivência (aluguel, comida, luz, água), consigo criar um fôlego para o próximo passo.
  2. Acumular para negociar à vista: A ideia é justamente juntar um montante de dinheiro que me permita, no futuro próximo, ligar para o credor e dizer: "Olá, tenho X reais aqui para quitar a sua dívida de Y, mas só pago à vista e com um desconto absurdo".
  3. Capitalizar o desconto: Na minha visão (e torcendo para que a prática confirme a teoria), o desconto que eu conseguiria ao negociar à vista seria muito maior do que qualquer juro que eu pagaria tentando "enrolar" a dívida por mais tempo. É uma aposta arriscada? Sim. Mas, com a corda no pescoço, arriscar virou quase um ato de fé.

Alerta Contador Poupador: Isso não é conselho financeiro! É crucial deixar claro: essa é a minha estratégia de sobrevivência no meu contexto atual. NÃO É uma recomendação universal, nem um conselho de contador para você seguir cegamente! Cada caso é um caso, e essa decisão foi tomada após muita análise da minha situação específica (e umas boas noites de sono perdidas). Há riscos, sim, como ter o nome negativado, receber ligações de cobrança e o estresse que isso gera. Mas, no meu caso, os benefícios potenciais superaram (por enquanto) os riscos. 

Minha meta é te mostrar os bastidores dessa decisão, os desafios, as pequenas vitórias e, claro, se essa minha jogada de mestre (ou de louco?) vai dar certo.

Acompanhe os próximos capítulos dessa novela contábil!

Estou no início dessa fase e vou te manter atualizado sobre cada passo. Como estou lidando com as cobranças? Quanto estou conseguindo juntar? E, o mais importante, qual será o resultado dessa auditoria na minha própria vida financeira?

Prepare-se para o próximo post, onde talvez eu já tenha alguma novidade (ou mais perrengues para contar!).

Um abraço,
CP!


001/2025 - O COMEÇO: Quem sou eu e por que criei o Contador Poupador (spoiler: não é porque eu já sou rico)



 Olá, pessoal! Seja muito bem-vindo(a) ao Contador Poupador!

Se você chegou até aqui, provavelmente está buscando um caminho para organizar suas finanças, poupar mais ou, quem sabe, realizar o sonho da independência financeira. E se você acha que, por ser contador, esse blog já nasceu com um cofrinho recheado e uma aposentadoria tranquila, sinto desapontar: a realidade é um pouco mais… "brasileira".

Como o nome do blog sugere sou contador de formação e, como muitos por aí, me vi em uma situação onde a teoria da faculdade e a prática da vida real estavam em desacordo. Sim, eu entendo de balanço, débito e crédito, mas admito: até o momento, meu "balanço pessoal" está mais para um "balanço de perdas e danos".

A verdade é que, apesar de ter acesso a informações valiosas sobre o mundo financeiro, sempre tive meus próprios desafios para aplicar tudo isso na minha vida. É uma jornada que eu chamarei carinhosamente de "da DRE negativa ao lucro real" (ou pelo menos tentando!). E é exatamente essa jornada, com todos os seus tropeços, acertos e aprendizados, que eu quero compartilhar aqui.

A ideia para o blog nasceu da minha própria necessidade de colocar a casa em ordem e, ao mesmo tempo, de um desejo enorme de descomplicar o mundo das finanças para pessoas como eu – que querem prosperar, mas talvez não saibam por onde começar, ou acham que "investimento" é coisa de outro mundo, mas acima de tudo, esse blog aqui vai trazer a vida real de um cidadão comum!

Aqui no Contador Poupador, você não vai encontrar fórmulas mágicas para ficar rico da noite para o dia. O que você vai encontrar é:

  1. Minha jornada real: Vou compartilhar minhas estratégias, meus erros (sim, eles acontecem!), minhas conquistas e, claro, meus desafios na busca pela independência financeira. Vai ser um diário aberto, com a leveza e a transparência que a gente merece.
  2. Dicas práticas e aplicáveis: Menos blá blá blá e mais "como fazer". Quero que você consiga sair daqui com algo que possa aplicar na sua vida financeira imediatamente.
  3. Um espaço para troca: Não estou aqui para dar palestras, mas para construir uma comunidade. Sua experiência e suas dúvidas são super bem-vindas e com certeza irão ajudar muitas pessoas (principalmente eu)

Preparado para a jornada?

Minha meta é provar que é possível sim, com planejamento e disciplina (e um pouco de bom humor para os perrengues!), transformar nossa realidade financeira. E eu quero que você embarque nessa comigo.

Então, pegue seu café (ou seu boleto, sei lá!), e vamos juntos nessa.

Um abraço, CP!