Salve, leitores!
Hoje a reflexão é um pouco mais pessoal e, talvez, até um soco no estômago (o meu, principalmente). A pergunta que não quer calar e que vive rondando a minha cabeça é: Quem, de fato, tem tempo para acompanhar um blog? Ou, mais ainda, quem tem tempo para se dedicar a escrever um?
Essa não é a primeira vez que tento manter a assiduidade com o Contador Poupador. Como mencionei no último post, esta é a nossa versão 2.0. No passado, a falta de tempo – ou, para ser mais honesto, a má gestão da prioridade – me fez abandonar o projeto por um longo hiato. A vida, com seu ritmo frenético de trabalho, contas e obrigações, simplesmente engoliu a intenção.
E essa é a armadilha que vivemos hoje. Olho para os blogs que sigo, as leituras que amo, os pequenos prazeres que de fato me trazem conteúdo, e percebo: eu mal consigo acompanhá-los. Adoro ler os fechamentos de carteira de vocês, as reflexões sobre liberdade, mas frequentemente tenho que devorar o conteúdo em pequenas doses roubadas do meu cotidiano.
O Ritmo que Não Escolhemos
Por que vivemos nessa velocidade esmagadora? A gente se afunda em um ciclo: trabalha-se muito para pagar contas, e o pouco tempo livre que sobra é vendido para os algoritmos. Passamos horas rolando feeds, consumindo vídeos curtos e manchetes que nos mantêm em um estado constante de alerta e agitação, mas que, no fim, nos deixam vazios e sem conteúdo. É uma vida cheia de estímulos, mas pobre em significado.
Estamos sendo manipulados para valorizar a freneticidade em vez da profundidade. O algoritmo adora a sua falta de tempo; ele lucra com a sua agitação. Ele te convence que o tempo gasto lendo um texto longo, ou refletindo sobre o que de fato importa (como uma jornada de poupança ou uma simples leitura), é tempo perdido.
A Escolha Contra o Vazio
Se a vida é finita, o tempo é o nosso recurso mais valioso. E se estamos gastando esse tempo perseguindo um ritmo que não escolhemos, estamos nos afastando do que realmente importa: a saúde, as relações e, sim, o prazer de fazer algo que gostamos.
Para mim, escrever aqui é uma forma de rebeldia contra essa agitação. É forçar a pausa, organizar as ideias e priorizar uma atividade que me dá conteúdo em um mundo de puro scroll. É uma forma de dizer: o que importa é o que eu escolho consumir, e não o que me é empurrado.
Um abraço e que a gente consiga diminuir o ritmo,
CP!
"É uma vida cheia de estímulos, mas pobre em significado." CP
ResponderExcluirFilosofou bonito CP!
E não é só consumir conteúdo, temos que tirar um tempo pra refletir sobre o que consumimos.
Abs
É bem verdade, BDZ! Tempo para reflexão, necessitamos refletir sobre aquilo que consumimos.
ExcluirSeja bem vindo, BDZ! Um grande abraço!
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