segunda-feira, 2 de junho de 2025

002/2025 - A Arte da Guerra: Como decidi parar de pagar algumas contas para sair do vermelho (e por que isso não é conselho de contador!)

 Olá, pessoal! Tudo bem com vocês?

Lembra que no meu primeiro post eu comentei que meu "balanço pessoal" estava mais para um balanço de perdas e danos? Pois é, a situação estava um pouco mais dramática do que eu quis admitir logo na primeira publicação. Troca de emprego, algumas decisões financeiras que, digamos, não foram as mais brilhantes (e que vou detalhar em um futuro "Diário da Vergonha Financeira"), me levaram a um cenário onde, no fim do mês, as despesas não apenas superavam as receitas, mas as engoliram feito areia movediça.
Chegou um ponto em que a famosa "corrida dos ratos" virou uma corrida contra o relógio, e eu estava perdendo de lavada. Eu olhava para os boletos, para as faturas de cartão, para os empréstimos... e percebi que, pagando o mínimo ou tentando manter tudo em dia, eu estava apenas postergando o inevitável ou, pior, jogando dinheiro fora em juros que não acabavam mais.

A DRE Negativa me fez pensar "fora da caixa" (ou do balanço) Foi nesse momento de desespero que a "lâmpada" (ou seria um neon piscando "SOS"?) acendeu. Pensei: se o objetivo é sair do vermelho e ter lucro real, preciso de uma estratégia de guerra. E a minha, meus caros, é daquelas que fariam qualquer professor de contabilidade ter um piripaque: decidi parar de pagar algumas dívidas... temporariamente.

Sim, você leu certo. Eu, o Contador Poupador (que ainda está no aperto, lembra?), estou flertando com a temida inadimplência. Mas calma, não é porque virei um caloteiro irresponsável que não liga para o Serasa. Muito pelo contrário! Minha lógica é a seguinte:

  1. Estancar a sangria: Os juros e multas de algumas dívidas estão me sufocando. Ao direcionar o pouco que entra para o básico de sobrevivência (aluguel, comida, luz, água), consigo criar um fôlego para o próximo passo.
  2. Acumular para negociar à vista: A ideia é justamente juntar um montante de dinheiro que me permita, no futuro próximo, ligar para o credor e dizer: "Olá, tenho X reais aqui para quitar a sua dívida de Y, mas só pago à vista e com um desconto absurdo".
  3. Capitalizar o desconto: Na minha visão (e torcendo para que a prática confirme a teoria), o desconto que eu conseguiria ao negociar à vista seria muito maior do que qualquer juro que eu pagaria tentando "enrolar" a dívida por mais tempo. É uma aposta arriscada? Sim. Mas, com a corda no pescoço, arriscar virou quase um ato de fé.

Alerta Contador Poupador: Isso não é conselho financeiro! É crucial deixar claro: essa é a minha estratégia de sobrevivência no meu contexto atual. NÃO É uma recomendação universal, nem um conselho de contador para você seguir cegamente! Cada caso é um caso, e essa decisão foi tomada após muita análise da minha situação específica (e umas boas noites de sono perdidas). Há riscos, sim, como ter o nome negativado, receber ligações de cobrança e o estresse que isso gera. Mas, no meu caso, os benefícios potenciais superaram (por enquanto) os riscos. 

Minha meta é te mostrar os bastidores dessa decisão, os desafios, as pequenas vitórias e, claro, se essa minha jogada de mestre (ou de louco?) vai dar certo.

Acompanhe os próximos capítulos dessa novela contábil!

Estou no início dessa fase e vou te manter atualizado sobre cada passo. Como estou lidando com as cobranças? Quanto estou conseguindo juntar? E, o mais importante, qual será o resultado dessa auditoria na minha própria vida financeira?

Prepare-se para o próximo post, onde talvez eu já tenha alguma novidade (ou mais perrengues para contar!).

Um abraço,
CP!


Um comentário:

  1. Contador, que baita coragem!

    Seu plano pra sair do vermelho exige mais que força de vontade — exige nervos de aço e foco total. Abrir mão de pagar algumas contas, por mais contraditório que pareça, pode sim ser o melhor caminho em certos contextos.

    Os juros e multas de algumas dívidas são quase uma punição e, se dá pra negociar à vista com aquele desconto camarada, não tem muito o que pensar. É escolher a dor menor pra sair mais forte do outro lado.

    Abraços

    ResponderExcluir